Aminoácidos auxilia a queima de gorduras: Novos caminhos da suplementação

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Os casos de obesidade, diabetes e síndrome metabólica estão crescendo no mundo inteiro (GENNÉ-BACON, 2014). De fato, a obesidade está associada a diversas alterações metabólicas, destacando-se o acumulo de macrófagos inflamatórios (inflamação), redução do turnover lipídico e depositação de gordura. Todas estas alterações são precursoras para o desenvolvimento de resistência à insulina e disfunção metabólica (SAM; MAZZONE, 2014). Diversas estratégias nutricionais têm sido aplicadas com objetivo de auxiliar a perda de peso (KATZ, 2005), sendo que, a suplementação nutricional tem ganhado destaque nesse cenário.

O uso de suplementos nutricionais em programas de treinamento que visam auxiliar a perda de peso tem por objetivo reduzir os riscos cardiovasculares ligados à obesidade e a síndrome metabólica sem afetar a composição de macronutrientes e palatabilidade da alimentação diária, o que provavelmente vai resultar em melhor aderência aos programas alimentares.

Segundo Churchward-Venne et al., (2013) os aminoácidos é o nutriente mais importante no processo de síntese proteica (hipertrofia muscular) no musculo esquelético. Após a ingestão acontece uma hiperaminoacidemia, isto é, aumento da concentração de aminoácidos na corrente sanguínea, que terá como função promover o aumento da síntese de proteínas musculares, suprimir a degradação proteica (catabolismo), e por fim, promover o acúmulo de proteínas horas após o termino do exercício (anabolismo).

Estudos relacionam a manipulação da suplementação de aminoácidos essenciais, incluindo a leucina, arginina e glutamina no metabolismo lipídico e na utilização de glicose (ANTHONY et al., 2004; CHENG et al., 2010), em adição, outros tem focado nos efeitos positivos destes aminoácidos nos ganhos de força e massa muscular (BORGENVIK; APRÓ; BLOMSTRAND, 2012), diminuição do catabolismo proteico e dano muscular (HOWATSON et al., 2012; KERKSICK et al., 2006), como também seus efeitos na manipulação da dieta (DONATO et al., 2006).

Segundo a literatura científica uma dieta rica em proteínas produz um melhor controle glicêmico, maior perda de gordura corporal e menores impactos na perda de massa muscular quando comparadas com dieta rica em carboidratos (LAYMAN et al., 2003; PARKER et al., 2002). Nesta linha, os aminoácidos de cadeia ramificada (BCAA), especialmente a leucina tem sido caracterizada como o potencializador chave nesse processo.

A leucina estimula a via mTOR (mammalian target of rapamycin) mais conhecida como alvo de rapamicina em mamíferos, o que inicia a tradução e a síntese de proteínas na célula muscular (NAKANO et al., 2013), além disso, segundo estudos recentes parece melhorar a captação de glicose e a sensibilidade da célula muscular ao hormônio insulina, mas o possível mecanismo ainda é controverso (LIU et al., 2014).

Segundo relatos apresentados por Jitomir e Willoughby (2008) as dietas com restrição calórica normalmente resultam em perda de massa muscular, contudo, a suplementação de leucina devido seu efeito anti-catabólico pode auxiliar a retenção de massa magra à medida que é submetido a um programa alimentar de restrição calórica.

Por outro lado, estudos tem mostrado que a suplementação de BCAA, em especial, a leucina, pode potencializar a perda de peso, ou seja, trazendo à tona novos caminhos da suplementação nutricional. Segundo dados apresentados por Donato et al., (2006) foi demonstrado que a suplementação de leucina potencializou a queima de gorduras e melhorou a síntese proteica no fígado e nos músculos. Corroborando com esta hipótese mais recentemente Zang et al., (2007) constataram que a leucina foi capaz de acelerar a perda de peso corporal e melhorou o metabolismo de glicose. O possível mecanismo que explicaria o efeito deste aminoácido na redução da adiposidade (gordura corporal) estaria associado com o aumento da expressão da UCP3 (uncoupling protein) ou proteína desacopladora 3.

Para resumir, sugere-se que a suplementação de BCAA pode auxiliar aqueles que visam acelerar a perda de gordura, e ao mesmo tempo favorecer os ganhos de massa muscular devido a estimulação de vias de sinalização molecular (síntese proteica).

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Fonte:neonutri.com.br

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Os casos de obesidade, diabetes e síndrome metabólica estão crescendo no mundo inteiro (GENNÉ-BACON, 2014), de fato, a obesidade está associada a diversas alterações metabólicas, destacando-se o acumulo de macrófagos inflamatórios (inflamação), redução do turnover lipídico e depositação de gordura.
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